Agora, o mundo desperta para o que é fundamento dos Prêmios “Professor Samuel Benchimol” e “Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente”: a força da natureza amazônica. Diante da crise climática, (o mundo) busca quem tem as grandes florestas tropicais. A 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas, em Sharm El Sheikh, no Egito, pediu protagonismo do Brasil. Isso é bom, mas só será real na medida da participação da Amazônia.
Historicamente excluída da economia nacional, a Amazônia tem a maior biodiversidade do mundo, estratégicas reservas de água doce e superlativa capacidade de armazenar carbono. Lógico que o protagonismo brasileiro na questão ambiental e para uma economia global de menos carbono, assim como o próprio desenvolvimento sustentável do país, depende da inclusão da Amazônia.
Do lado social e humano, Samuel Benchimol uniu exemplos da capacidade empresarial e acadêmica dos amazônidas. O Banco da Amazônia, da vocação para o crescimento econômico. Quando a família Benchimol e o Basa reúnem os prêmios que instituíram em momentos distintos, mas, por inspiração comum, referenciam a prática da cooperação no mais alto nível. E encaram o desafio da sustentabilidade buscando soluções, como as 129 iniciativas inscritas nesta 18ª Edição dos Prêmios “Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente”. Dez delas foram vencedoras, em 6 categorias de premiação.
“Personalidade Dedicada ao Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica” foi para Adélio Barofaldi, de Porto Velho. “Empresa na Amazônia”, para a Hidrelétrica de Santo Antônio. Na categoria “Microempreendimentos na Amazônia, Urbano”, Ebenezer Cosméticos, de Cristiane Melo Lima; e “Rural”: Sítio Deus Proverá, de Roseni Machado.As categorias acima citadas elevam compromissos socioambientais e a boa governança, enquanto as duas que seguem mostram inovação e soluções sustentáveis. Na categoria “Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica”, três iniciativas: Extração e beneficiamento de óleos e manteigas amazônicas para o fortalecimento de rede na comunidade do Acará, de Gilberto Hirokazu Nobumasa (Belém); Alternativas para o controle da sigatoka-negra da bananeira na Amazônia, de Luadir Gasparotto e Mirza Carla Normando Pereira (Manaus); e o Biofemme da Amazônia, um absorvente sustentável acessível para mulheres em situação de vulnerabilidade, de Claudia Guerra Monteiro (Manaus).
Na categoria “Iniciativa de Desenvolvimento Local”, também três premiadas: Cultivo de algas na Amazônia como garantia de fonte proteica no futuro, de Renilto Frota Correa e Jaqueline de Araújo Bezerra (Manaus); Semeadura de florestas comestíveis com aeronave remotamente pilotada em áreas degradadas, de Renilto Frota Correa, Jaqueline de Araújo Bezerra, Walter Andrés Vermehren Valenzuela e Valdely Ferreira Kinupp (Manaus); e Turismo de base comunitária com uso sustentável do espaço e manutenção das tradições na Raposa (Roraima), de Enoque Raposo e Éder Rodrigues dos Santos (Boa Vista).
Os enunciados das iniciativas destacadas pelos Prêmios da Amazônia indicam possibilidades que podem, sim, ser entendidas como um convite para parcerias com empresas, instituições e comunidades que – além do diferencial do bioma conservado – oferecem a contribuição humana de mais de 30 milhões de amazônidas para o protagonismo brasileiro no desafio do mundo sustentável.